quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

LISBOA - POEMA DE DEA COIROLO


Dedicado a todos meus amigos portugueses.
                       
Lisboa se debruça
nas beiras do rio Tejo,
se veste de ferro
de ferro rendilhado
com grades curvilíneas
que em arabescos brilham.
Pela manhã,
Lisboa desperta colorida
com tons de azul do céu,
na arte milenar do azulejo,
nas mesas de café
com brancas toalhas
e faiança azulada.
Se perfuma Lisboa
nos jardins,
de antigos casarões
com muros abraçados,
por rosas trepadeiras
e jasmins.
À noite,
lá nos altos da Alfama
canta Lisboa, canta.
Canta seus tristes fados
contando histórias
de amor, desencontrado.
E em seus Mosteiros,
de mármore esculpidos
em belos recortes
e ornamentos
reza Lisboa, reza.
Rezam de luto
velhas mulheres velhas.
São flores murchas
figuras lisboetas sacrossantas
de joelhos dobrados,
que acreditam que podem
_exorcizar pecados...



Dea Coirolo.  Lisboa, 1995/Gravatá/2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário