sexta-feira, 10 de junho de 2022

Séptimo Concurso Internacional de Versos Compartidos 2021 Montevideo Uruguay - Poema Escarlata

 

ESCARLATA                                                                    

CEIBO (pseudônimo)



Incendio rubro nuestra antigua pasión

nos rodea en un halo de misterio,

cuando nuestras auras se funden en destellos,

de luces creadoras de vívida ilusión.

Reinando en gigante y luminoso imperio

un alud de ríos y de sangre

que nos recorre el cuerpo, y arde.

Arde en los surcos de mi piel

que se deslumbran con caricias audaces,

y susurrados gemidos atrevidos

que surgen por detrás de rojos antifaces.

Se incendia el universo

y tan solo se siente,

el fuego voraz de la pasión silente.

Tú y yo en una nebulosa surrealista,

flotamos en el limbo para amantes ardientes,

donde el amor se sube al arco-iris

en rítmico compás de tonos escarlatas,

porque la pasión obnubila las mentes

y el deseo se enciende en mágica fogata.


Dea Coirolo, Copyright

Marzo 2021


HIBISCO - POEMA DE DEA COIROLO

 

HIBISCO

Têm sóis no jardim úmido.

Pétalas amarelas ovais

que brincando brejeiras com a brisa,

abrem suas corolas sorridentes

deixando entrever  o vermelho da boca.

Da boca luxuriosa

que guarda o gineceu,

e o ardor fecundante das anteras,

milagre das sementes,

cápsula original da espécie.

Belas malváceas

que cruzaram as aguas oceânicas,

e trouxeram com elas

os mistérios da China,

as cores do oriente

a delicadeza das gueixas

e os místicos sabores dos exóticos chás.

Quando o Hibisco flora

tem sóis no meu jardim,

e só de vê-los, eu deliro e danço,

sinto-me num povoado

brasileiro-chinês,

onde o verde selvagem faz a festa

e a cor radiante da flor

alumia minha alma estrangeira,

que deslumbrada

chora com a emoção

da beleza breve no seu âmago.

Porque sabe que apenas

há de ser sempre humana

sensível, idosa, simples e passageira.

Hoje têm sóis amarelos no jardim.

 

Dea Coirolo, Copyright

Gravatá – PE – Brasil   24/10/2019

 

quarta-feira, 8 de junho de 2022

ALFAZEMAS - POEMA EM HOMENAGEM A LOURDES MARIA SARMENTO

 

ALFAZEMAS


LOURDES MARIA SARMENTO


Ela escondeu o amante num lugar encantado

de cristal translúcido, um alto alcantilado,

nele guarda o amado e um campo de alfazemas

que lhe trazem da França seu perfume sagrado.

 

Sonha com girassóis de luz encandeados

com cocares astecas amarelo-dourados,

caleidoscópio fugaz constelação distante.

E à noite ela abraça o piscar das estrelas...

Quando as sombras ocultam

seus devaneios lúbricos

libera seu amante e a palavra voa.

Sua palavra voa, opalescente,

em giros de mandrágora com anseios turbulentos.

Surge neste momento a criação perfeita.

O Poema é o amante 

e ela a poeta.


Dea  Coirolo – Copyright

Recife - 2022